“ Devia ter amado mais/ Ter chorado mais/ ter visto o
sol nascer/ Devia ter arriscado mais/ E até errado mais/ Ter feito o que eu
queria fazer” ( Epitáfio, Titãs/2002 ). Devo confessar que tenho receio de
ouvir esta música e em algum grau de minha vida também olhar para trás e me
lamentar por todo o caminho que poderia ter sido, mas não foi, me lamentar por
todos os pequenos gestos e palavras que poderia ter feito ou dito, mas
simplesmente fui incapaz de expressar. É totalmente desalentador o peso do
arrependimento em nossa consciência. É como um fardo que insiste constantemente
em nos lembrar de que não fomos bons o bastante no passado. Por isso, acredito
cegamente que não deve haver espaço para a mediocridade em nossas relações. A
vida é curta demais para pessoas mornas.
Ao longo da vida, pude observar alguns padrões de
comportamento diante de certas atitudes. Apesar de toda a complexidade humana,
é impressionante como nós reagimos de maneira tão parecida em certas ocasiões.
Para mim, muitas vezes a frustração nada mais é do que o reconhecimento de que
não investimos todo o nosso esforço em algo. De um modo mais simples: o
arrependimento é o preço de nossa mediocridade.
Acredito que a vida tem um jeito todo especial e
pedagógico de nos fazer aprender através dos erros. Por isso, considero que é
indispensável a capacidade de estarmos sempre atento e focado no modo como
conduzimos nossas escolhas. A bem da verdade, o fato é que muitas vezes nos
pegamos inconscientemente reproduzindo atitudes que nós mesmos reprovamos. E
nesse aspecto, não é difícil perceber como muitas vezes somente ao nos
depararmos com uma grande dificuldade é que finalmente deixamos a ficha cair. E
assim, compreendemos como a percepção do rápido envelhecimento ou da morte iminente
tem um poder tão revelador sobres as crenças e valores individuais.
Diante disso, considero que devemos a todo momento,
lutar contra as amarras que nos mantém presos no comodismo e em nossa tão
conhecida zona de conforto. Não basta sermos nós mesmos. É preciso
constantemente sermos a melhor versão possível de nós mesmos. Permitir-se
integralmente e se lançar de corpo e alma em cada projeto que realizarmos, não
é apenas uma escolha, é um projeto de vida. Por isso, penso que a maneira mais
acertada de lidar com o fardo de nossas decisões, que um dia recairão sobre
nossos ombros, é nos entregarmos 100% a absolutamente tudo e todos que nos
interessam. A vida já é recheada de pessoas medíocres e negativas o bastante
para nos provar do contrário. Na pior das hipóteses, a falha representa nosso
esforço e a consciência limpa para seguir adiante. Por isso, eu insisto,
nessa vida não deve haver espaço para pessoas medíocres. Afinal de contas, a
vida é curta demais para pessoas mornas.
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ResponderExcluirColoquei aplausos, mas o sistema colocou interrogações! Rs
ExcluirObrigado pelo apoio
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